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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A antigravidade poderia ser a principal causa da expansão do Universo




Desde o final do século 20, os astrônomos vêm estudando a possibilidade de que nosso universo se encontre, não só em uma contínua expansão, senão uma expansão muito acelerada. De acordo ao modelo aceito atualmente, esta expansão acelerada deve-se à energia escura, uma forma de energia hipotética que representa aproximadamente 70% da densidade de energia do universo.

Agora, um estudo acrescenta uma teoria alternativa que sugere que a expansão do universo é em realidade devida à relação entre matéria e antimatéria, que é uma extensão do conceito de antipartícula à matéria. Por exemplo, um antielétron é um elétron com carga positiva conhecido como pósitron que junto a um antipróton (próton com carga negativa) poderia formar um átomo de antimatéria. Segundo este novo estudo, a matéria e antimatéria se repelem gravitacionalmente entre si e criam uma espécie de “antigravidade“ que poderia acabar com a ideia de energia escura no universo.

Massimo Villata, cientista do Observatório de Turim na Itália, foi o encarregado realizar esta pesquisa a partir de duas suposições. A primeira é que tanto a matéria como a antimatéria possuem massa e densidade de energia positiva. Tradicionalmente, a influência gravitatória de uma partícula é determinada unicamente por sua massa. Um valor positivo indica que a massa da partícula atrai outras partículas gravitacionalmente. Sob a suposição de Villata, isto pode ser aplicado a antipartículas, pelo que as partículas atraem outras partículas e as antipartículas atraem outras antipartículas. No entanto, que tipo de força são produzidas entre partículas e antipartículas?

A segunda suposição é que a relatividade geral é invariante (teorema CPT). Isto significa que as leis que regem uma partícula podem ser igualmente aplicadas em cenários onde se investe a carga elétrico, as coordenadas espaciais ou o tempo. Como consequência, o resultado é uma mudança de sinal na relação gravitatória, produzindo a conhecida relação antigravitatória entre as duas partículas.

Mas, que ocorre com o fato de que matéria e antimatéria se eliminam entre si? Villata resolve este paradoxo colocando a antimatéria bem longe da matéria, nos enormes vazios existentes entre as galáxias longínquas. Em qualquer caso, independentemente de que a teoria de Villata seja verdadeira ou não, os astrônomos não conseguiram ainda observar esta antimatéria, motivo pelo qual esta pergunta permanece como uma incógnita.



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