Em algumas espécies, a reprodução pode ocorrer sem a intervenção de um macho, desde que um oócito duplique o seu DNA. A reprodução de um organismo que, normalmente, ocorre de forma sexuada, mas em que apenas existiu um progenitor, é designada partenogénese. Diversos animais, como algumas salamandras, serpentes, tartarugas, nemátodes, etc., podem apresentar este tipo de fenômeno. Os exemplos mais comuns são os zangões das abelhas, as vespas e as formigas, que se desenvolvem a partir de óvulos não fertilizados.
No caso dos mamíferos, a partenogênese não é tão bem sucedida. Um embrião de rato, resultante de um oócito activado, não completa o seu desenvolvimento.
No caso do Homem, este processo é, ainda, mais difícil de ocorrer. Se um oócito humano duplicar o seu material genético (por exemplo, devido à fusão com um glóbulo polar), embora se comece a dividir, este embrião não passará de uma massa de células semelhante a um tumor. Mas os biólogos acreditam que é possível um mamífero ser parcialmente partenogénico, isto é, que parte do seu corpo seja derivado de uma célula materna não fecundada.
Em 1991, nasceu uma criança que veio provar que este fenômeno podia, de facto, ocorrer. Após o parto, os pais notaram que a criança apresentava uma assimetria na cabeça, com o lado esquerdo torto e abatido. Uma das faces apresentava-se perfeitamente normal, enquanto que a outra tinha bastantes alterações. Na face com alterações, o queixo era mais proeminente, o olho afundado e o maxilar inferior estranhamente contraído. Contudo, não apresentava evidências de fenda palatina ou de qualquer outra estrutura anormal na garganta e era, relativamente, saudável.
Uma meiose anormal pode explicar a invulgar concepção deste indivíduo. Um glóbulo polar terá duplicado o seu material genético, enquanto que um segundo glóbulo polar foi fecundado por um espermatozóide. As duas células terão permanecido juntas, desenvolvendo-se no sentido de originar um indivíduo. Assim, o corpo desta criança é metade masculino, enquanto que a outra metade é feminina.
Este indivíduo tem a aparência e sente-se como um rapaz e poderá um dia ser pai, dado que o seu sistema reprodutor descende da célula XY.
In: Biologia e Geologia11. Guia do Professor. Biologia e Geologia 11º Ano. Areal Editores (2004) ;de Human Genetics (adaptado)
ATENÇÃO — MATÉRIA TOTALMENTE COLETADA DO ENDEREÇO:
http://biogeo11cd.wordpress.com/2008/10/14/partenogenese-em-humanosestarao-os-deuses-loucos/
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