Por: WAGNER OLIVEIRA
Gondwanatitan
Os dinos herbívoros encontrados no Brasil também eram bem crescidinhos. Pense num caminhão de oito metros de comprimento e carroceria de pouco mais de dois metros de altura. Ou num bicho do tamanho de três elefantes e bem mais corpulento. Pois estas eram as medidas de Gondwanatitan faustoi, descoberto no interior de São Paulo. O nome homenageia o paleontólogo Fausto Cunha, do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que em meados da década de 80 desenterrou os restos do animal, juntamente com o pesquisador José Suarez. Gondwana foi a grande massa de terra que, milhões de anos atrás, na pré-história, abrigava todos os continentes do Hemisfério Sul do planeta e a Índia. Titãs eram gigantes da mitologia grega e é uma referência às dimensões do animal.
Os pesquisadores desenterraram mais de metade do que um dia foi o esqueleto que sustentava o animal. Foram recuperadas 24 vértebras da cauda, púbis, úmeros, tíbias, ossos das patas traseiras, várias costelas, vértebras que davam sustentação ao longo pescoço e vários outras partes do corpo. Todos os ossos pertenceram a um mesmo animal.
As pesquisas em Icnologia - o estudo das pegadas deixadas pelos dinossauros - são outro instrumento ampliador do conhecimento sobre nossos carnívoros e herbívoros. Em Souza, na Paraíba, os dinos carnívoros deixaram várias pistas e pegadas. Como os grandes dentes serrilhados, suas pegadas, reconhecíveis pela característica pisada com a pata de três dedos, são como impressões digitais deixadas no solo para mostrar que um dia eles passaram por ali.
Por tudo isso, o capítulo dinossauros, na pré-história brasileira, tem tudo para entrar nos roteiros de Hollywood.
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